Hilary Swank interpreta a aviadora, Amelia Earhart, símbolo da liberdade americana, que tem como parceiro George Putnam (Richard Gere), seu editor e amante, com quem mantém um relacionamento tempestuoso, movido pela ambição, admiração mútua e por um grande amor, cujo vínculo não consegue ser quebrado nem mesmo por um breve romance apaixonado entre Amelia e Gene Vidal (Ewan McGregor).
Ficha Técnica | |
Título no Brasil | Amelia |
Título Original | Amelia |
Ano de Lançamento | 2009 |
Idioma | Inglês, Português, Espanhol |
Legenda | Inglês, Português, Espanhol |
Cores | Colorido |
Qualidade | Com Menu (DVD-R) |
Gênero | Aventura |
Duração | 111 Min. Aprox. |
Direção | Mira Nair |
Países de origem | Estados Unidos, Canadá |
Elenco | Christopher Eccleston, Ewan McGregor, Hilary Swank, Joe Anderson, Mia Wasikowska, Richard Gere |
Crítica | |
Nota | Pioneiros ou pessoas que a vida parece extrapolar o ordinário são um filão bastante explorado e de público fiel, tanto no cinema quanto no mercado editorial. Nos últimos dez anos, a produção de filmes e livros sobre mulheres têm alcançado cada vez mais espaço. Isso não significa que elas não eram interessantes anteriormente, mas o sucesso de público e atrizes competentes têm feito as obras se multiplicarem. Não é preciso muito esforço para se lembrar de alguns exemplos: Coco Chanel, a estilista e ícone fashion ganhou, em 2009, dois longas sobre sua vida - Coco Antes de Chanel e Coco Chanel & Igor Stravinsky, que estreia em breve no país. Em Piaf – Um Hino Ao Amor, a interpretação magnífica de Marion Cottilard, para uma das maiores vozes da França, rendeu o Oscar de Melhor Atriz em 2009. E mais: no passado, Salma Hayek produziu e protagonizou Frida, sobre a pintora mexicana. E não é só nas cinebiografias que as mulheres “fortes” estão em alta: Sandra Bullock arrasou nas premiações como Leigh Anne em Um Sonho Possível, baseado em fatos reais, e de quebra levou a estatueta dourada este ano. Estas mulheres e Amelia têm muito em comum: quebraram paradigmas, desafiaram convenções, sonharam alto e ousaram arriscar tudo para concretizá-los. E, como não poderia deixar de ser, pagaram o preço. Para contar a história de Amelia Earhart, Mira Nair (Nome de Família) opta por uma narrativa clássica. Começa do episódio mais marcante da pioneira da aviação: sua tentativa de ser a primeira mulher a dar à volta ao mundo em 1937. Da partida de seu maior desafio alterna-se passado e presente, recheados de flashbacks, narrações em off e em tom reflexivo da própria Amelia, que nos conta sobre suas aventuras. A menina tímida e sonhadora se mostra determinada a quebrar barreiras e, a cada novo desafio superado, ganha confiança e ousadia. Na iminência de conquistar seu primeiro recorde conhece George Putnam (Richard Gere), interessado em conseguir um contrato para que ela escreva um livro sobre o evento. Este editor se tornará seu grande companheiro. A parceria deles, na vida e no amor, será o porto seguro de Amelia, que se casa com a condição de manter seu espírito livre e, mesmo depois de um caso, volta para o marido. Ela não quer só conquistar os céus, ela é livre. Se o filme a homenageia pelas conquistas e bravura, também revela sua faceta íntima sem julgá-la perante os valores da época. Amelia expõe as convicções da mulher sem alardeá-las. Do tipo: “Nossa! Como ela é ousada...”. Esse traço da personalidade da aviadora aparece naturalmente. A excelente Hillary Swank (Escritores da Liberdade) nos envolve em sua interpretação e toma para si o jeitinho um pouco desengonçado, o sotaque difícil e até as sardas. Mas, apesar de seu trabalho de caracterização e o figurino serem minuciosos, fica patente que a beleza da atriz está disfarçada. E, então, voltamos para a mesma cena do início de Amelia. A sensação é a de que agora que já a conhecemos, podemos no presente acompanhar o desenlace da história. O ritmo muda e a tensão cresce. Na virada para o final, somos co-pilotos e estamos dentro da cabine para presenciar ou imaginar como foi que a aventura terminou. |