O Auto da Compadecida - 2000
- Diretor Guel Arraes
- Código: AD10948
- Disponibilidade: In Stock
R$5,00
Etiquetas: O Auto da Compadecida
Grilo é o nordestino sabido e esperto que luta pelo pão de cada dia. Ele vive várias aventuras, provocando muitas confusões e enganando aos ricos e poderosos. Ao seu lado está Chicó, companheiro de aventuras e estrada. Com ótima direção de Guel Arraes e a exuberante fotografia de Felix Monti (O Quatrilho), esta deliciosa comédia vai conquistar o público de todas as idades.
Ficha Técnica | |
Título no Brasil | O Auto da Compadecida |
Título Original | O Auto da Compadecida |
Ano de Lançamento | 2000 |
Idioma | Português |
Legenda | Inglês |
Cores | Colorido |
Qualidade | Com Menu (DVD-R) |
Gênero | Comédia |
Duração | 104 Min. Aprox. |
Direção | Guel Arraes |
Países de origem | Brasil |
Elenco | Denise Fraga, Diogo Vilela, Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Luís Melo, Marco Nanini, Matheus Nachtergaele, Maurício Gonçalves, Paulo Goulart, Rogério Cardoso, Selton Mello |
Outros detalhes | |
Extras | Sim |
Crítica | |
Nota | Irresistível. Isto é o mínimo que se pode dizer da comédia O Auto da Compadecida, dirigida pelo global Guel Arraes. Antes que a confusão se estabeleça, vamos aos esclarecimentos. O Auto da Compadecida é uma peça de teatro escrita por Ariano Suassuna, em 1955. Nestes 45 anos, o premiado texto já passou pelas mais diversas adaptações e interpretações. Uma delas foi empreendida pela Rede Globo, no ano passado, que transformou a peça em minissérie de TV. Visando futuras exportações, o produtor Daniel Filho propôs ao diretor Guel Arraes que esta nova versão de O Auto... deveria ser realizada em película 35 milímetros, já que o mercado externo tem forte rejeição a produtos televisivos captados em vídeo. Assim se fez. E a minissérie foi um grande sucesso de público e de crítica. Daí para a telona foi um passo. Após algumas horas na sala de montagem, Guel cortou 60 dos 160 minutos originais da minissérie, eliminando para isso algumas tramas paralelas. E o resultado - voltando ao início desta matéria - é simplesmente irresistível. A história gira em torno de dois amigos que se viram como podem, no nordeste brasileiro da época do Cangaço. João Grilo (Matheus Nachtergale) é astuto, conversador, ágil em seus pensamentos, trambiqueiro. Chicó (Selton Mello, irretocável) é bom de coração, mas lento das idéias e com uma enorme propensão à covardia. Juntos, os dois fazem uma parceria inesquecível na corrida pela difícil sobrevivência nordestina. Qualquer um que se descuide, por um minuto que seja, é presa fácil para a astúcia de João Grilo. Até o demônio, se for o caso. Literalmente. Os mais puristas podem repudiar o estilo assumidamente televisivo de O Auto da Compadecida. Sua montagem é frenética e o seu ritmo, alucinante. Nos primeiros minutos, o espectador mais desavisado pode até perder algumas linhas de diálogo, tamanha é a rapidez da metralhadora giratória falante de João Grilo. Falta um "respiro", um plano aberto, uma seqüência mais contemplativa. Porém, na medida em que se mergulha na trama, o humor, a criatividade do texto e a excelente interpretação do elenco deixam em segundo plano qualquer falta de pretensão artística e cinematográfica que se possa atribuir ao Auto. Brasileiríssimo na forma e no conteúdo, mundial no tema do humilde esperto sobrepujando o rico presunçoso, O Auto da Compadecida se une a Eu Tu Eles na eterna busca do cinema nacional pelo seu público perdido. Tomara que, além do Demônio e dos cangaceiros, João Grilo também consiga sobrepujar a Motion Pictures Association of America. |