A mudança de comportamento e hábitos, ao viver num país estrangeiro, é um assunto que a diretora venezuelana Fina Torres gosta de abordar em seus trabalhos. As duas produções que antecedem Sabor da Paixão - Onana (1985) e Celestial Clockwork (1993) - tratam de mulheres que são obrigadas a deixar o local onde vivem para, então, encontrar o lugar delas no mundo. Para o papel de Isabella a diretora escolheu Penélope Cruz (Tudo Sobre Minha Mãe). Eu queria uma atriz que fosse sexy e sensual e, ao mesmo tempo, inocente e delicada. Quando li o roteiro, disse a mim mesma que somente Penélope Cruz poderia fazer esse trabalho. Ela tem algo de Audrey Hepburn e tem o sensualismo da mulher latina. Isabella, uma encantadora mulher que nasceu com o dom especial de derreter o paladar e os corações dos homens em qualquer lugar. Quando Isabella decide se libertar de seu atribulado casamento com Nino, interpretado por Murilo Benício (Orfeu), e da abafada cozinha no restaurante de seu marido no Brasil, ela segue para San Francisco em busca de seus sonhos de fazer da culinária uma carreira. Após chegar à nova cidade e iniciar sua nova vida, Isabella se reúne com sua exuberante amiga de infância, o travesti Mônica, interpretado por Harold Perrineau Jr. (Romeu e Julieta), que participa da jornada de Isabella para descobrir não apenas sua paixão e potencial, mas também a receita perfeita para estar sempre por cima. Sob o contagiante ritmo da música brasileira, Sabor Da Paixão é uma comédia picante e sexy sobre como tornar os relacionamentos mais gostosos...