Bem antes de outras produções - a megalomaníaca de James Cameron de
1997, a Hollywoodiana de 1953, da britânica, Somente Deus por Testemunha
de 1958 - foi realizada uma caríssima versão do Titanic pela Alemanha
Nazista, de Hitler, em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial. Este
Titanic teve como produtor executivo Willy Reiber, da Tobis Film
Company, de Munique, com orçamento exagerado. A maioria das cenas foi
filmada a bordo do luxuoso transatlântico alemão Cap Arcona, que estava
ancorado no mar Báltico, no porto de Gdingen. Logo durante os primeiros
dias de filmagens, o diretor Herbert Selpin teve sérios atritos com
alguns oficiais da marina alemã, que queriam praticar orgias sexuais no
set de filmagem. Com muito esforço, o produtor conseguiu evitar que
Selpin fosse preso antes do final das filmagens. Ao finalizar o filme,
Selpin foi preso pela Gestapo e, alguns dias depois, morre
estranhamente. Sua morte foi motivo para o primeiro grande movimento de
protestos entre a comunidade do cinema alemão e os métodos do III Reich.
Na noite anterior a sua estréia, o cinema, onde seria exibido o filme,
sofreu ataque aéreo. Chateado com o fato, Goebbels baniu o filme -
alegando que a proibição foi para acalmar os ânimos dos alemães. Sob
suas ordens, o negativo do filme e as cópias existentes foram escondidos
em um galpão secreto. Acreditou-se que o filme estava perdido, até que,
em 1949 o negativo foi misteriosamente encontrado. Esta versão digital,
cuidadosamente restaurada e telecinada na íntegra, direto do negativo
original, é trazida pela primeira vez ao Brasil para seu deleite...