Foi necessário um paulistano, de nome inglês, Charles Miller, nascido no italianíssimo bairro do Brás, para inocular tantos brasileiros o vírus incurával do futebol. Era a época das ruas empoeiradas ou de calçamento rústico, dos pátios dos colégios, que deixaram de ser solenes. E das várzeas, onde foram desenhados, o drible sutil, o chapéu atrevido, o cruzamento, o gol de peixinho. Foram necessários os clubes incipientes, as cores dos uniformes, os calções longos.Os craques e o futebol virou paixão e grito dos brasileiros de norte a sul e de leste a oeste. Foram necessários os talentosos e os pernas-de-pau, os forminhas e os generosos, os virtuosos de outros, para que, no final, nascesse e se desenvolve-se a gloriosa seleção brasileira. Não há glórias nem fracassos, como não há luz sem sombra. Não há uma história apenas, porém milhares de histórias apenas, porém milhões de histórias que fizeram a lenda. Há 4 títulos mundiais. Há fracassos.Há apoios desinteressados e indiferenças interesseiras. Fomos os melhores, parecia que para sempre, demos com a cabeça contra a parede, soubemos dar a volta por cima em 94, desfrutamos do mel do triunfo, depois, na França, padecemos o sabor amargo da derrota inexplicável. Há heróis e vilões. Há qualidades e estirpe para reconquistar a supremacia. Informações especiais menu interativo e animado, seleção de cenas,copas e curiosidades, classificações,melhores gols...