Nação Fast Food - Uma Rede de Corrupção - 2006
- Diretor Richard Linklater
- Código: NA-2421-DRA-LT
- Disponibilidade: Em estoque
Opções disponíveis
Etiquetas: Nação Fast Food - Uma Rede de Corrupção, Wilmer Valderrama, Catalina Sandino Moreno, Ana Claudia Talancón, Juan Carlos Serrán, Armando Hernández
Don Anderson (Greg Kinnear), executivo de marketing da cadeia de restaurantes fast food Mickey tem um grande problema. Carne contaminada foi colocada no freezer junto à utilizada para preparar o sanduíche mais famoso da rede, o Big One, prejudicando a qualidade do produto. Para descobrir quem fez isto e por que, ele terá que percorrer uma longa jornada pelo lado obscuro da alimentação americana. Saindo do cômodo escritório da empresa, na Califórnia, para conhecer um outro estilo de vida, Don descobrirá uma nação de consumidores que ainda não perceberam que são eles que estão sendo consumidos pela indústria.
Ficha Técnica | |
Título no Brasil | Nação Fast Food - Uma Rede de Corrupção |
Titulo em Portugal | Geração Fast Food |
Título Original | Fast Food Nation |
Ano de Lançamento | 2006 |
Idioma | Inglês |
Legenda | Inglês, Português Europeu |
Cores | Colorido |
Gênero | Drama |
Duração | 116 Min. Aprox. |
Direção | Richard Linklater |
Países de origem | Reino Unido, Estados Unidos |
Elenco | Ashley Johnson, Avril Lavigne, Bobby Canavalle, Catalina Sandino Moreno, Erinn Allison, Ethan Hawke, Greg Kinnear, Luis Guzmán, Mitch Baker, Patricia Arquette, Wilmer Valderrama |
Você sabia? | |
Curiosidades | Este filme apresenta quatro membros do elenco de Boyhood (2014), do diretor Richard Linklater: Ellar Coltrane, Patricia Arquette, Ethan Hawke e Marco Perella. |
Erros de gravação | Na cena em que Amber e sua amiga estão dirigindo e conversando sobre ir a uma festa da faculdade, uma placa de supermercado HEB é claramente visível ao fundo. Esta mercearia está localizada apenas no Texas, portanto, as meninas do Colorado não passariam por lá. |
Crítica | |
Nota | É de conhecimento público e geral que comer em redes de lanchonetes fast-food é péssimo para a saúde de qualquer um e, mesmo assim, milhões de pessoas continuam mantendo este hábito no mundo inteiro. Faz parte do paradoxo humano continuar fazendo coisas que todos sabemos que são prejudiciais a nós mesmos, como beber em excesso, fumar, comer junk food ou torcer pelo Corinthians. Assim, a denúncia do filme Nação Fast Food - Uma Rede de Corrupção - de que a carne dos hambúrgueres de uma rede de lanchonetes estaria misturada ao estrume dos bois - não chega a ser exatamente estarrecedora para um país que tem um Senado como o nosso, posto que estamos acostumados a escândalos muito mais escatológicos. Sim, é um bom filme que se acompanha com interesse, mas não chega a ser explosivo, como se anunciou no ano passado, quando Nação Fast Food - Uma Rede de Corrupção foi convidado a integrar a cobiçada mostra competitiva do Festival de Cannes. Tudo começa quando uma fictícia rede de fast food chamada Mickey recebe os resultados de um exame, comprovando que seus hambúrgueres contêm um alto índice de coliformes fecais. O presidente da empresa envia Don Henderson (Greg Kinnear, de Pequena Miss Sunshine), um de seus diretores, até à cidade de Cody, na fronteira com o México, onde os bois são abatidos e a carne é processada industrialmente. A idéia é que Don investigue o caso. Paralelamente, o filme também mostra o contrabando de imigrantes ilegais, que cruzam a fronteira em direção aos EUA arriscando a própria vida. Não é difícil perceber que as duas pontas vão se encontrar: sem direitos legais, os imigrantes são contratados para trabalhar no matadouro, onde as condições de trabalho são péssimas, formando assim um círculo vicioso que - como não poderia deixar de ser - acaba contaminando a carne. O diretor Richard Linklater, o mesmo de Antes do Amanhecer e Antes do Pôr-do-Sol, expõe todo este processo de forma sóbria. Esqueça os filmes de ação investigativa com lances de heroísmo e vilões e mocinhos trocando tiros pelas ruas: tom de Nação Fast Food - Uma Rede de Corrupção beira o documental. Há, sim, momentos interessantes de crítica sarcástica. Por exemplo: quando Don chega à cidadezinha, ele ostensivamente estaciona seu carro diante de um McDonald's que a câmera faz questão de enquadrar de forma marcante - como que deixando claro que a tal da rede Mickey, inventada pelo filme, é apenas uma forma dos produtores não serem processados pelo verdadeiros "culpados" da história. Ou o discurso fascista do personagem interpretado por Bruce Willis, numa divertida participação especial. E também há cenas nas quais Linklater deixa a sutileza de lado e "brinda" o espectador com um banho de sangue, explicitando o processo de abate do gado. É de deixar qualquer um com aversão a carne por um bom tempo. Provavelmente, porém, o grande recado do filme é passado de maneira cínica: por que o presidente de uma empresa mandaria um diretor de marketing para investigar um caso de contaminação? Certamente porque, cada vez mais, a imagem corporativa está cima de qualquer preocupação com a saúde do consumidor. E não importa quantos mexicanos ilegais tenham que morrer para comprovar tudo isso. Um detalhe final: totalmente avesso à autocrítica, o povo americano preferiu não ver o filme, que faturou um mísero milhãozinho de dólar nas bilheterias do país. |